Todos pelo Setembro Amarelo

setembro amarelo

A cada 45 minutos uma pessoa comete suicídio no Brasil e o Rio Grande do Sul lidera o ranking com 10,88 suicídios a cada 100 mil pessoas, mais do dobro da média nacional que é de 5,01 por 100 mil pessoas. Preocupante também é a escalada da prática do suicídio

entre jovens, dados recentes da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que, ao longo de 12 anos de avaliação, a taxa de suicídios na população brasileira de 15 a 29 anos subiu de 5,1 por 100 mil habitantes em 2002 para 5,6 em 2014 - um aumento de quase 10%.

Outras capitais brasileiras, menos assoladas por esta triste realidade do que Porto Alegre, têm se movimentado mais para valorizar e divulgar o Setembro Amarelo, iluminando prédios e monumentos com luzes amarelas, com a adesão de comerciantes e empresários que iluminam e decoram seus espaços e espaços públicos, ou promovem o lacinho de fita amarela em sua lapela, para lembrar que o setembro é o mês da prevenção ao suicídio. Curitiba nos dá um belo exemplo de mobilização no Setembro Amarelo, com ações no centro da cidade e ampla participação (foto).
É necessário prevenir e trabalhar para sair do topo desta lista nada favorável. Entidades como o Centro de Valorização da Vida, que atende aqueles que estão em crise pelo telefone 188 são exemplos de cidadania e merecem nosso apoio. Os postos de saúde da Vila Cruzeiro e do IAPI atendem as pessoas que estão em crise e com a intenção de cometer o suicídio, são as portas de entrada do sistema de saúde para estes casos. 
O projeto de lei 233/2016, de minha proposição, que transforma o Setembro Amarelo em calendário oficial de Porto Alegre foi aprovada dia 23 de agosto. Agora aguarda sanção do prefeito. Estamos no momento propício para que os poderes públicos, da sociedade civil organizada, das entidades voltadas para a saúde pública focarem neste movimento de conscientização e pressionar pela sanção. 
Prevenir o suicídio tem a ver com não permitir que as pessoas se isolem, requer a atenção principalmente na valorização do afeto e suas manifestações, como formas de estabelecer laços que salvam aqueles que têm a tendência a praticar o suicídio. Vale lembrar que o Rio Grande do Sul também lidera os números de abuso no consumo de drogas e álcool. O que se constitui em um cenário que está relacionado ao contexto do suicídio.

Foto: CVV

 

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