“Não será esse triste momento que irá por fim à presença do Mercado na vida dos porto-alegrenses”. Com essas palavras, o presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Dr. Thiago Duarte (PDT), expressou a confiança de que, apesar do incêndio que destruiu o piso superior do mais tradicional espaço de compras da cidade, a união de esforços do Município, do Estado e da União se somará à luta dos permissionários e trabalhadores pela reconstrução e pleno funcionamento no prazo mais breve possível. “É hora de deixarmos de lado as diferenças políticas e todos, juntos, nos unirmos em torno desse objetivo”, afirmou.
Tão logo soube do incêndio, Thiago, que participava de atividade em homenagem aos 80 anos do Sindicato dos Panificadores do Rio Grande do Sul (Sindipan/RS), na sede do Grêmio Náutico União, bairro Petrópolis, se deslocou para o Centro, onde foi prestar solidariedade e colocar o poder Legislativo à disposição do prefeito José Fortunati para quaisquer encaminhamentos à recuperação do prédio de 143 anos.
Atualmente 111 bancas, com grande diversidade de produtos e serviços, entre artigos típicos regionais, naturais, especiarias, peixes, carnes, laticínios, bares e restaurantes, funcionam no Mercado. Como o piso térreo, segundo as informações preliminares, não foi atingido pelo fogo, os danos ficaram concentrados no telhado e no andar superior, onde se situavam a maior parte dos bares e restaurantes.
Também a sede da União das Associações de Moradores de Porto Alegre (Uampa) e o Memorial do Mercado, com documentos e peças da história do prédio, foram queimados, causando grande prejuízo à preservação do que motivou o tombamento pelo Patrimônio Histórico e Cultural de Porto Alegre em 1979. Inaugurado em 1869, o Mercado já sofreu três incêndios (1912, 1976 e 1979) e resistiu à grande enchente de 1941.
Milton Gerson (reg. prof. 6539)
Foto: Francielle Caetano/CMPA
