Acordo define limites para Parque do Gasômetro

 

05 de_Novembro_-_Reunio_para_tratar_sobre_o_Parque_Gasmetro_foto_desiree_ferreira_4Após diversas rodadas de negociação entre Câmara Municipal, Prefeitura, Ministério Público (MP) e entidades não-governamentais, foi aprovado nesta terça-feira (5/11) um anteprojeto de lei que prevê a criação dos limites do Corredor Parque do Gasômetro, na área central da Capital. Em um primeiro momento, a proposta do governo que será enviada ao Legislativo trata sobre os limites físicos do espaço no Plano Diretor. A pedido do MP, artigos sobre o rebaixamento de pista para priorização do pedestre também poderão fazer parte do projeto. O encontro, que ocorreu no Salão Nobre da Casa, foi coordenado pelo presidente da Câmara vereador Dr. Thiago Duarte (PDT), que definiu que o projeto será entregue no dia 19 de novembro.

Apresentado pelos técnicos do Executivo, os limites do parque ainda dependem de negociação com áreas que pertencem aos governos estadual e federal, mas, segundo eles, o gravame fica garantido no Plano Diretor da cidade. “Este é um passo fundamental para a criação do parque”, classificou o engenheiro Rogério Baú, da Secretária de Gestão. A arquiteta Andréa Oberrather, da Secretaria de Urbanismo, destaca que no projeto constam objetivos de estruturação e qualificação da área, em especial nos espaços naturais e de preservação do patrimônio cultural.

Andréa informou que o Parque Gasômetro será dividido em duas áreas. A primeira compreende a Praça Brigadeiro Sampaio, junto à rua dos Andradas, Av. Siqueira Campos, Rua General Portinho e Avenida presidente João Goulart. Na outra, na região da Praça Júlio Mesquita, o alcance chega na Avenida Siqueira Campos, Rua Washington Luiz,  Avenida presidente João Goulart, General Salestiano e Avenida Loureiro da Silva. A arquiteta vai enviar o texto para a Procuradoria do Município e a Secretaria de Gestão para a redação final do PL que será enviado à Câmara.

Jaqueline Sanchotene, do Movimento Viva Gasômetro, qualificou o espaço proposto pela prefeitura como “um bom traçado” e que este pode melhorar a qualidade de vida na região. Ela também ressaltou que o projeto não é da forma como queriam os moradores, mas lembrou que eles “lutam há sete anos pela criação do parque”. O promotor Carlos Roberto Paganella, coordenador do Centro de Apoio de Defesa do Meio Ambiente do MP, alerta que é necessária a inclusão de artigo sobre o rebaixamento da pista para que os pedestres não precisem utilizar uma passarela ou outro tipo de travessia. “Isso pode ser incluído na lei como previsão para daqui 15 ou 20 anos. A população precisa chegar direto à orla”, defendeu o promotor.

Outra questão destacada pelo presidente Dr. Thiago é que se deve agregar ao projeto, a médio e longo prazo, os outros projetos que envolvem a região, como o Cais Mauá e a revitalização da orla do Guaíba. “Estas áreas têm uma inter-relação muito grande e fazem parte de um grande projeto para Porto Alegre. Se conseguimos acordar esse limites do Parque do Gasômetro, vamos fazer também essa ligação”, sugere. Já o vereador Engenheiro Comassetto (PT) sugeriu que sejam observados modais de transporte que vão passar pela área, como o aeromóvel que ligaria o Centro à zona Sul.

Texto: Leonardo Contursi (reg. prof. 12552)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

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